Traduzido a partir de texto de Steve Kelly, do Seattle Times
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Neste tarde fria e cinzenta de dezembro, quando o clima conspirou com o calendário para criar a sensação de pós-temporada, tudo para o Seahawks se pareceu com 2005 novamente.
O estádio estava barulhento e enamorado de seu time. O ataque conectava os pontos, de Matt Hasselbeck para Bobby Engram, para Deion Branch, para Nate Burleson, para Maurice Morris, para Leonard Weaver e para Marcus Pollard.
Tic, tac, lançamento.
E a defesa, essa revigorada defesa do Seahawks, estava em modo de destruição, interceptando cinco passes e dando cinco sacks no quarterback do Arizona, Kurt Warner.
O Qwest Field berrava novamente, ao som de “Seahawks, Seahawks”. Jogadores contratados esse ano, como o safety free agent Brian Russel e o defensive tackle novato Brandon Mebane, lideravam a torcida.
Os Seahawks venceram a NFC Oeste pela quarta temporada consecutiva, ao derrotar os Cardinals em 42-21 no domingo.
E imediatamente após o jogo, no ar quase congelante, Russel tirou seu uniforme e colocou a camiseta de campeão de divisão.“Esta é a minha sétima temporada e essa é a primeira vez que eu consigo vestir uma dessas”, disse Russel. “É realmente especial para mim porque eu conheço o outro lado. Eu sei como é não jogar partidas que valham algo em dezembro e não esperar pelos playoffs. Vencer essa divisão é ainda mais gostoso do que imaginei. É demais!”
Esse tipo de vitória acachapante deveria lembrar a todos que, mesmo com o Dallas Cowboys e o Green Bay Packers a frente dos Seahawks na conferência, tudo ainda é possível.
Os Seahawks estão nos playoffs e terão ao menos um mando de campo. E após cinco vitórias consecutivas e tendo vencido seis dos últimos sete jogos, eles finalmente estão jogando de acordo com as expectativas.
“Pressão e sacks, isto é o que temos conseguido com nossa linha defensiva”, diz o safety Deon Grant. “E os meus cornerbacks estão fechando a secundária. A comissão técnica confia o suficiente em mim e no Brian para chamar as jogadas e fazer as coisas acontecerem”.
Um desses cornerbacks, Marcus Trufant, está jogando em nível Pro-Bowl após suas três interceptações do domingo.
No meio da temporada regular, quando os Seahawks estavam 4-4, havia pânico nas ruas de Seattle. O time estava vacilando e Arizona estava melhorando. Mesmo vencer o título da fácil NFC Oeste parecia problemático.
Mas isso foi cinco semanas e cinco vitórias atrás.
“Quando estávamos 4-4, nós dissemos a nós mesmos ‘OK, nós perdemos esses quatro jogos, agora vamos em frente e vamos fazer funcionar’” afirma Grant. “Nós nunca duvidamos disso”.
As peças se encaixaram. Com o título da divisão em jogo, os Seahawks marcaram 27 pontos no primeiro tempo.
Hasselbeck, mesmo ofuscado por quarterbacks como Tom Brady, Peyton Manning e Brett Favre, está tendo sua própria temporada especial. Ele estava com 14 passes completados de 18 tentados no primeiro tempo, tendo lançado para 202 jardas e 3 touchdowns.
Mas é a defesa que está tornando esse time especialmente perigoso. A defesa torna esse Seahawks bem diferente do time que foi ao Super Bowl em 2005.
O diretor geral Tim Ruskell assinou o free agent Patrick Kerney para criar pressão no passe dos adversários, e Kerney conseguiu três sacks domingo e tem dez nos últimos cinco jogos.
Ruskell assinou Grant para fechar a secundária e Grant iniciou a festa de turnovers dos Seahawks com uma interceptação no primeiro quarto. Ruskell assinou Russell porque os Seahawks estava sofrendo muito com passes longos, e o problema foi resolvido.
Raramente os planos feitos em março e abril funcionam tão perfeitamente como agora. Erros são cometidos. Lesões acontecem. A química é ruim.
Mas a arquitetura dessa defesa é tão clara quanto vidro. Sacks e inteceptações perfeitos.
“Os caras lá de cima fizeram um ótimo trabalho”, disse Russell. “Deon é exatamente o que eles procuravam. Patrick Kerney é um monstro lá na frente. E eu estou apenas tentando corresponder às expectativas, jogar um bom football e manter tudo a minha frente. Eu acho que eles trouxeram os caras certos.”
A defesa forçou nove interceptações nos últimos dois jogos.
“Quando eu cheguei aqui, tudo era sobre o ataque”, disse o defensive tackle Rocky Bernard, que está em sua sétima temporada pelos Seahawks. “Mas ultimamente nós temos contratado pessoas para os lugares certos, e nós estamos nos mostrando fortes. Sempre que tivermos os dois lados, ataque e defesa, jogando como fizemos hoje, nós somos praticamente invencíveis. Seria divertido voltar ao Super Bowl com as pessoas falando sobre a nossa defesa.”
Eles são bons o suficiente para vencer em Lambeau Field (estádio dos Packers). Bons o suficiente para vencer dentro do Texas Stadium (estádio dos Cowboys). Todas as possibilidades da temporada estão abertas para os Seahawks por estarmos jogando tão bem.
É dezembro em Seattle e por conta do frio, da torcida, e de outro campeonato da NFC Oeste, esperança verdadeira está sendo construída novamente. Outra seqüência longa de jogos em janeiro está no ar.
Um comentário:
Oi Henrique. Parabéns pelo blog! Coloquei um link do seu blog lá no meu ( http://coltsbrasil.blogspot.com/ ). Abraço!
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