segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Jogador da Semana: Shaun Alexander

Shaun Edward Alexander nasceu em 30 de agosto de 1977 em Florence, Kentucky. Depois de uma excelente carreira no colégio Boone County High School em sua cidade natal, Alexander recebeu o prêmio do Kentucky “Mr. Football”, uma honra dada apenas aos melhores jogadores do colegial no estado. Ele estabeleceu o recorde de 3.166 jardas corridas e 54 TDs para o seu time no colegial.

Alexander aceitou uma bolsa oferecida pela Universidade do Alabama, e conseguiu mostrar sua habilidade em pouco tempo no football universitário. Como calouro em 1996, ele correu para 291 jardas, recorde de jardas corridas em um único jogo para Alabama, além de 4 TDs contra LSU no Tiger Stadium. Após decidir que não se declararia apto para o Draft da NFL em 1998, Alexander voltou para Tuscaloosa e teve uma temporada de sucesso. Ele foi considerado para o troféu Heisman, mas um tornozelo torcido no jogo contra Tennesse acabou com suas chances. Não obstante, Alexander ainda teve um papel fundamental ao liderar sua universidade para o campeonato da SEC em 1999, após sua corrida para TD de 25 jardas contra o terceiro colocado Florida Gators, e sua performance dominante no quarto quarto contra Auburn no Iron Bowl. Alexander ainda detém o recorde de corridas em Alabama com 3.565 jardas em 4 temporadas.

Alexander foi draftado pelo Seattle Seahawks com o 19º pick no Draft de 2000. Os Seahawks conseguiram tal pick ao trocar o WR Joey Galloway para os Dallas Cowboys. Alexander jogou em todos os 16 jogos de seu ano de calouro, mas jogou pouco, já que o titular à época era Ricky Watters. Sua fama cresceu no ano seguinte. Em um jogo realizado em 11 de outubro de 2001 contra o Oakland Raiders, ele correu para o recorde da franquia de 266 jardas em 35 carries. Em 2001, ele liderou a NFL em TDs corridos com 14 e ficou empatado em segundo com Terrell Owens com 16 TDs no total.

Em 2002, ele iniciou todos os 16 jogos buscando a liderança na NFC (e recorde da franquia) de 16 TDs corridos, quatro dos quais vieram no primeiro tempo do jogo entre Seattle e Minnesota Vikings em 29 de setembro de 2002, quando ele também recebeu um passe para TD. Os cinco TDs naquela metade de jogo estabeleceram um recorde da NFL.

O ano de 2003 foi outro ano produtivo para Alexander. Ele conseguiu o máximo na carreira de 1.435 jardas corridas e marcou 16 TDs. Seattle também conseguiu sua primeira aparição nos playoffs desde 2000. O sucesso de Alexander na temporada de 2003 conferiu a ele sua primeira viagem para o Hawaii para o Pro Bowl.

Em 2004, Alexander continuou a ser um dos componentes chave do ataque de Seattle. Ele terminou em segundo na NFL em jardas corridas, com 1.696, atrás de Curtis Martin, do New York Jets, por uma única jarda. Depois de ter a oportunidade negada de tentar uma corrida no final da vitória contra o Atlanta Falcons, Alexander acusou seu técnico Mike Holmgren de “apunhalá-lo pelas costas” ao negar a Alexander a chance de vencer o título como corredor. Alexander se retratou do comentário no dia seguinte, e manifestou apoio a seu técnico.

Alexander teve grande sucesso na temporada de 2005. No primeiro jogo, ele correu para 74 jardas. Outros jogos em que brilhou incluem uma corrida para TD de 88 jardas contra o Arizona Cardinals em 6 de novembro de 2005, e as 165 jardas corridas contra o St. Louis Rams em 13 de novembro de 2005. Ele também conseguiu dois jogos com 4 TDs, contra Arizona em 25 de setembro de 2005 e contra o Houston Texans em 16 de outubro de 2005. Ele liderou a NFL em jardas corridas, TDs corridos, votos para o pro-Bowl e pontos marcados.

Durante a temporada de 2005, ele quebrou o recorde da franquia de maior número de jardas corridas. Em 13 de novembro de 2005, após marcas 3 TDs, Alexander se tornou o primeiro RB na história da NFL a conseguir 15 ou mais TDs em 5 temporadas consecutivas. Alexander foi o primeiro jogador na história do Seattle Seahawks a aparecer na capa da revista Sports Illustraded.

Em 1º de janeiro de 2006, no jogo contra o Green Bay Packers, Alexander estabeleceu o recorde de TDs marcados em única temporada, com 28 TDs. Quatro dias depois, ele ganhou o prêmio de Most Valuable Player (“MVP”) da temporada de 2005. Ele derrotou na votação o QB Peyton Manning, recebendo 19 dos 50 votos possíveis. Shaun ainda recebeu os prêmios de Associated Press Offensive Player of the Year, FedEx Ground NFL Player of the Year, Best Record Breaking Performance e Best NFL Player.

No Divisional playoff de 2006 contra os Washington Redskins, Alexander sofreu uma concussão que o tirou do resto da partida, obrigando-o a ver a vitória do time do banco. Contudo, no jogo que decidiu o campeão da NFC contra o Carolina Panthers, ele conseguiu 34 carries para 132 jardas e dois TDs, a melhor perfomance em um jogo de playoff de sua carreira.

Durante a semana do Super Bowl, o sucesso de Alexander foi celebrado com música “Sweet Shaun Alexander”, criada pela banda “Dustin Blatnik and the 12th Man Band”, uma paródia à música do Lynyrd Skynyrd "Sweet Home Alabama". O refrão da música era "Sweet Shaun Alexander, 37 jersey blue, sweet Shaun Alexander, Super Bowl we're going to."

Shaun Alexander e os Seahawks perderam para o Pittsburgh Steelers no Super Bowl XL em 5 de fevereiro de 2006. Alexander foi o líder em corridas do jogo, conseguindo 85 jardas na derrota. Ele torceu seu tornozelo no final do jogo, o que o impediu de jogar no Pro-Bowl.

Em março de 2006, Alexander assinou um contrato de 8 anos e US$62 milhões para permanecer parte do Seattle Seahawks, se tornando o RB mais pago da história da NFL na época. O sucesso de Alexander na temporada de 2005 fez com que ele fosse colocado na capa do jogo Madden NFL 07, tornando-o o primeiro o jogador a aparecer tanto no Madden quanto no jogo NCAA Football, ambos da EA Sports.

Shaun fraturou o quarto metatarso do pé esquerdo no terceiro jogo da temporada, matendo a chamada maldição do Madden viva. Ele retornou à ação em 19 de novembro de 2006 contra o San Francisco 49ers. As estatísticas finais de Alexnader foram de 896 jardas corridas, 3,6 jardas pors carry e 7 TDs, todos corridos, em 10 jogos.

Na temporada desse ano, durante o primeiro jogo contra Tampa Bay, Shaun fraturou o pulso esquerdo, que afetou sua performance durante todo o ano. Durante a semana 5, o principal bloqueador de Alexander, Mack Strong, sofreu uma lesão no pescoço que o obrigou a se aposentar. Na semana 9, Alexander torceu tanto o joelho quanto o tornozelo, o que o obrigou a ficar fora de alguns jogos. Shaun Alexander foi bastante vaiado nos últimos jogos em casa, e já há boatos em Seattle que os Seahawks devem tentar trocá-lo no próximo ano, ou cortá-lo de vez.

No último domingo, Alexander estabeleceu a marca de 100 TDs em sua carreira.

Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Shaun_Alexander

Veja vídeos sobre Alexander:

http://www.youtube.com/watch?v=YrPLOQKUoTc

http://www.nfl.com/videos?videoId=09000d5d8059f234

Qual sua opinião sobre o futuro de Shaun Alexander? Os Seahawks devem mantê-lo, trocá-lo com outro time ou cortá-lo de vez?

domingo, 30 de dezembro de 2007

Derrota e 100º TD corrido da carreira de Alexander

Os Seahawks fecharam a temporada regular com uma derrota de 44 a 41 para o Atlanta Falcons, alcançando a marca de 10 vitórias e 6 derrotas. A derrota não significa muita coisa (prova apenas que Seneca Walace não é o QB do futuro dessa franquia!), o importante foi que, aparentemente, nenhum jogador se machucou (atualizado: Hasselbeck caiu em cima do punho direito, mas já foi feito raio-x e nenhuma fratura foi constatada, e ele deve treinar a semana inteira; Mo Morris machucou a mão esquerda, mas sem gravidade, assim como o CB Marcus Trufant que deixou brevemente o campo machucado durante o jogo). Mais sobre a partida durante a semana.

Recordes: Shaun Alexander correu para o 100º TD corrido de sua carreira! É o 8º jogador na história da NFL a atingir a marca! Alexander será o jogador homenageado no "jogador da semana", quando contarei a história de sua carreira até aqui.

Hasselbeck bateu o recorde do Seattle Seahawks de jardas passadas em uma temporada, ao atingir 3.966 jardas.

Playoffs: com a vitória do Washington Redskins por 27 a 6 sobre o Dallas Cowboys, fica definido o adversário dos Seahawks na rodada do Wildcard.

Pretendo fazer vários posts legais essa semana: análise do jogo contra os Falcons, análise da temporada regular jogo a jogo, análise individual da temporada de cada jogador, homenagem a Shaun Alexander, a segunda parte da "História dos Seahawks" e, se der tempo, uma pequena explicação sobre a West Coast Offense. Acompanhe o blog e deixe sua sugestão para melhorá-lo!

sábado, 29 de dezembro de 2007

Semana 17 - Seattle at Atlanta

Local: George Dome, Atlanta, Georgia
Horário: 16h00 de domingo - horário de Brasília
Tramissão: nenhuma até o momento, talvez Sopcast
Lesionados:
Seahawks
DT Rocky Bernard e LB Niko Koutouvides estão fora.
WR Deion Branch e LT Walter Jones são questionáveis.
S Mike Green e RB Shaun Alexander são prováveis.

Falcons
LB Marcus Wilkins é dúvida.
WR Michael Jenkins, S Lawyer Miloy e CB David Irons são questionáveis.

Os Seahawks enfrentam essa semana mais um time em franca decadência. O Atlanta Falcons era sempre favorito aos playoffs desde que draftou o QB Michael Vick, tendo chegado a disputar a final da NFC em 2004. Entretanto, esse ano perdeu Vick para a justiça americana, e desde então sofreu revés atrás de revés. O último foi a demissão do head coach após o jogo contra os Saints, já que ele preferiu ser técnico de um time de futebol universitário a continuar a treinar os Falcons. Atlanta não disputa mais nada, na realidade seria até bom perder esse jogo para conseguir um pick mais alto no draft do ano que vem, porém sempre há aquele espírito entre os jogadores de provar que, a despeito da temporada ruim, são bons ao bater um time mais forte. Os Falcons não tem uma grande defesa, seu único destaque é o CB DeAngelo Hall, um dos melhores da liga. No ataque, o QB atual é Chris Redman, que tem como principal arma o WR Roddy White. As corridas são divididas entre o veteraníssimo RB Warrick Dunn e o RB Jerious Norwood.

Para os Seahawks a partida também não vale nada na prática, servindo apenas para manter o "momentum" do time reconquistado após a vitória sobre os Ravens. Holmgren deve poupar vários titulares durante a partida, em especial o QB Matt Hasselbeck, ou seja, veremos muito (ou pouco...) de Seneca Wallace nesse jogo. É possível que tenhamos devolta o WR D.J. Hackett, o que seria um excelente reforço para os playoffs, Hackett é o WR mais alto e forte do elenco, estilo T.O. A partida em Atlanta tem valor sentimental para o DE Patrick Kerney, que jogou pelos Falcons durante 8 anos, e para o técnico assistente e coordenador da secundária Jim Mora Jr., que foi head coach dos Falcons até o ano passado. Mais do que por uma vitória, torça para que nenhum jogador saia lesionado.

Palpite: Seattle 24, Atlanta 20

Playoffs: jogos que definirão o adversário dos Seahawks no wildcard:

New Orleans at Chicago, às 16h00 de domingo: os Saints tem que vencer e torcer por derrota de Redskins e Vikings.

Dallas at Washington, às 19h15 do domingo: basta aos Redskins ganhar, ou perder e os demais também perderem.

Minnesota at Denver, às 19h15 do domingo, com transmissão ao vivo do Bandsports: os Vikings tem que vencer e torcer por derrota dos Redskins.

Qual é o seu palpite para o jogo dos Seahawks? E quem ganha a última vaga nos playoffs da NFC?

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Comentários

Mudei o sistema de comentários do blog: passei para uma janela pop-up, o que acredito ficar melhor, e tirei a restrição de ter que ficar digitando senha do google pra comentar, agora ficou bem mais fácil. Sintam-se à vontade para usar esse blog como fórum de discussão sobre os Seahawks!

A História dos Seahawks – o Início

Começo uma série de artigos sobre a história dos Seahawks, para todos aqueles que, como eu, desejam saber mais sobre o time para o qual torcemos. A fonte das informações será sempre a mesma:

http://en.wikipedia.org/wiki/History_of_the_Seattle_Seahawks

A história dos Seattle Seahawks começa em 15 de junho de 1972, quando um grupo de empresários e líderes da comunidade de Seattle, denominado Seattle Professional Football Inc., anunciaram sua intenção de adquirir uma franquia da NFL para a cidade. Quase dois anos depois, em 4 de junho de 1974, a NFL conferiu ao grupo uma franquia de expansão. Em 5 de dezembro de 1974, o comissário da NFL Pete Rozelle anunciou a assinatura do contrato de franquia, celebrado por Lloyd W. Nordstrom, representando a família Nordstrom enquanto sócios majoritários do consórcio. Infelizmente, Lloyd acabou morrendo de ataque cardíaco em 20 de janeiro de 1976, apenas poucos meses antes dos Seahawks jogarem seu primeiro jogo.

Em março de 1975, John Thompson, que foi diretor da Universidade de Washington, foi contratado como gerente geral do até então não batizado time. O nome “Seattle Seahawks” foi escolhido em 17 de junho de 1975, depois de um concurso público para a escolha do nome do novo time que gerou mais de 20 mil participantes e mais de 1.700 nomes diferentes. Thompson recrutou e contratou Jack Patera, que era técnico assistente do Minnesota Vikings, para ser o primeiro técnico chefe do novo time. O draft da expansão foi feito de 30 a 31 de março de 1976, com os Seahawks e o Tampa Bay Buccaneers (também criados naquele ano) alternando picks por 39 rounds, selecionando jogadores que não foram protegidos dos outros 26 times da liga. Os Seahawks receberam o segundo pick no draft de 1976, que foi utilizado no defensive tackle Steve Niehaus. O time entrou em campo pela primeira vez em 1º de agosto de 1976, em um jogo de pré-temporada contra o San Francisco 49ers, no estádio recém construído Kingdome (veja foto do seu interior no início no post).

Os Seahawks começaram na divisão oeste da NFC, mas trocaram de conferência com os Buccaneers apenas um ano depois para a AFC West, em razão do plano da NFL de fazer cada uma das expansões jogar contra si duas vezes e contra todas as outras franquias da NFL durante as suas duas primeiras temporadas. Seattle é o único time na história da NFL a trocar de conferência duas vezes, já que foi colocado na NFC West após a expansão de 2002.

A semana que vem, confira os “anos de Cinderela” do time.

Se quiser contar como começou a gostar dos Seahawks, ou a história de algum jogo que assitiu e gostou bastante, escreva um pequeno texto e mande para o meu e-mail (
henriquevlisboa@gmail.com) que publico aqui no blog!

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Razões para os Seahawks terem crescido até os playoffs

Traduzido a partir de texto de Ira Miller, do NFL.com

Faz duas temporadas que eles foram ao Super Bowl e eles detém a mais longa série atual na NFC de títulos de divisão, com quatro em seguida. Ainda assim, os Seahawks aparecem como o chamado "fator X" nos playoffs da conferência, já que ninguém sabe o que esperar deles.

E porque isso? Bem, em grande medida, pelo fato dos Seahawks terem se refeito apenas dois anos após chegar ao Super Bowl – com Mike Holmgren em sua 16ª temporada como técnico da NFL revisando duas de suas mais firmes crenças como técnico, e com uma boa defesa, algo virtualmente desconhecido no noroeste do pacífico.

Você conhece o tal do azar do perdedor do Super Bowl, aquele em que o time que perde o jogo final tem uma temporada perdedora no ano seguinte? Aparentemente, isto dura mais de uma temporada. Dos últimos seis times que chegaram ao Super Bowl e perderam, apenas os Seahawks vão terminar esta temporada com um recorde positivo de vitórias.

Em outras palavras, os Seahawks conseguiram desenvolver uma constância que vários outros times que chegaram próximo ao topo não foram capazes de conseguir.

Abaixo uma análise de como Seattle, que com um recorde de 10-5 está garantido no terceiro seed da NFC nos playoffs, conseguiu dessa vez:

1. A formação shotgun (N.T.: tipo de formação de ataque em que o quarterback se afasta da linha de scrimmage, recebe um snap mais longo, mas se protege do pass rush adversário)

Quando Holmgren trabalhou com Bill Walsh como técnico de quarterbacks no San Franscisco 49ers na década de 80, a formação de shotgun era carta fora do baralho. Walsh, preocupado que o shotgun pudesse mudar o timing requerido por seu ataque, finalmente se rendeu em uma pré-temporada e mandou Holmgren desenvolver algumas jogadas que usassem o shotgun.

Aquele experimento durou apenas o tempo necessário para o center Fred Quillan realizar um snap em que a bola voou por cima da cabeça de Joe Montana em um jogo de pré-temporada. Walsh disse a Holmgren para esquecer o shotgun, e ele basicamente fez isso – até esse ano, quando os Seahawks começaram a utilizá-lo freqüentemente em jogadas de terceira descida, e está ajudando.

Holmgren disse que Walsh, que morreu no verão passado, está "provavelmente lá cima, balançando sua cabeça em reprovação pra mim agora."

O quarterback Matt Hasselbeck gosta do shotgun, e ainda que não tenha um papel de destaque no ataque dos Seahawks (foi usado apenas três vezes na vitória sobre Baltimore no domingo), Holmgren conseguiu incorporá-lo sem perder o timing preciso entre o QB e os WRs. Na verdade, o ataque montado por Holmgren permanece, uma década e meia após ele ter deixado San Francisco, o mais próximo do que os 49ers costumavam fazer.

2. O jogo de passes

Quando Holmgren deixou os 49ers e se tornou técnico do Green Bay na temporada de 1992, o gerente geral dos Packers, Ron Wolf, disse que um dos motivos para contratar Holmgren era o fato de Mike acreditar em um forte jogo corrido. Porque os 49ers tinham QBs membros do Hall da Fama, o jogo corrido não era muito reconhecido durante suas temporadas vitoriosas, mas era normalmente bom.

Esse ano, entretanto, quando Seattle se encontrava, depois de uma feia derrota de 33-30 na prorrogação em Cleveland, com um recorde de 4-4 no meio da temporada e um jogo corrido ineficiente que figurava como o pior da liga, Holmgren basicamente decidiu tirar as corridas do playbook e voltar o ataque para o braço de Hasselbeck.

Desde então, Seattle venceu seis de sete jogos.

Com um jogo faltando para o fim da temporada regular, Hasselbeck já conseguiu estabelecer o recorde dos Seahawks de passes tentados e completados em uma temporada, está apenas 22 jardas do recorde do time para jardas passadas, e tem o segundo melhor QB rating de sua carreira.

"Nós temos feito poucas jogadas ruins atualmente", afirma Holmgren. "No começo da temporada, quando estávamos tentando correr com a bola um pouco mais, nós tínhamos várias jogadas ruins, ganhos de uma jarda, e então acabávamos demais em situações de terceira descida. Era muito difícil. Tudo era muito difícil."

"Então chegamos ao meio da temporada com um recorde de 4-4, Shaun se machucou, mas conseguimos nosso dois receivers, Hackett e Branch, de volta e tudo coincidiu."

"Bill sempre dizia que mesmo com várias opções, às vezes as coisas simplesmente não funcionam. Então volte atrás e ache algo novo".

O algo novo foi o jogo de passes que Holmgren sempre soube melhor que a corrida, de qualquer forma. E ainda que Hackett esteja fora com a segunda contusão no tornozelo da temporada, Deion Branch, Bobby Engran e Nate Burleson estão saudáveis e ajudando a carregar esse ataque na formação de três WRs.

Dois anos atrás, os Seahawks venceram o título da NFC e chegaram ao Super Bowl com Alexander conseguindo mais de 5 jardas por carry e correndo para 27 touchdowns. Esse ano, ele está conseguindo 3,4 jardas por carry e correu para apenas 3 TDs. E Maurice Morris, que substituiu Alexander durante sua contusão, está sendo não apenas melhor recebedor e bloqueador, mas em alguns momentos também está correndo melhor que Alexander.

"Nós estamos abrindo mais as formações, e tentando jogar de acordo com nossa força atual, que é o quarterback, os recebedores e a proteção ao passe", disse Holmgren. "Nós não estamos bloqueando muito bem para corrida. Matt tem jogado bem, e nós estamos pegando a bola, e sucesso cria sucesso."

3. A defesa

Em último na lista, mas muita mais significativa que as outras razões pelas quais os Seahawks conseguiram salvar sua temporada. Historicamente, o ataque tem deixado a defesa de lado nos sexy times que usam a West Coast Offense (N.T.: estilo de ataque utilizado pelos Seahawks, pretendo escrever sobre ele a semana que vem), mas mesmo nos dias de glória do San Francisco, os times campeões do Super Bowl tinham defesas fortes. Poucas pessoas se lembram disso, mas o início da dinastia dos 49ers começou não a partir do braço de Montana, mas sim de um avanço defensivo; o time de 1981, que ganhou o primeiro título de San Francisco, era ranqueado em segundo lugar entre as defesas na NFL, mas apenas em décimo terceiro no ataque, e conseguiu salvar o jogo com um bloqueio na linha da end zone no Super Bowl.

Durante anos, Seattle tem procurado por uma defesa como essa, mas desde que Cortez Kennedy se aposentou uma década atrás, os Seahawks se acostumaram a estar entre os últimos defensivamente na NFL. Não importava o que os Seahawks tentavam – seja trocando com os Saints por Norman Hand, assinando Grant Winstrom no free agente, draftando jogadores defensivos com os primeiros picks em dois anos seguidos – eles não conseguiam ir muito longe.

Mas isso mudou desde 2005, quando Holmgren deixou a função de gerente geral e Tim Ruskell veio de Atlanta como presidente e gerente do time. No começo da era Holmgren, os Seahawks gastaram a maioria do seu dinheiro adquirindo os jogadores ofensivos necessários para jogar de acordo com seu sistema, mas nos últimos três anos eles conseguiram um trabalho esplêndido de melhorar a defesa.
Oito dos onze titulares defensivos chegaram durante essa época, incluindo os safeties Deon Grant e Brian Russel, contratados como free agents para a temporada de 2007, junto com o defensive end Patrick Kerney, que lidera a NFL com 14,5 sacks.

Jim Mora Jr., que também se juntou ao time esse ano como técnico assistente e coordenador da secundária, conseguiu passar mais entusiasmo à defesa coordenada por John Marshall. Mora orquestrou um do lances cruciais do time, a troca de Marcus Trufant, o melhor cornerback dos Seahawks, do lado direito para o lado esquerdo. Seattle jogava com ele no lado direito para proteger uma antiga lesão no ombro, mas no lado esquerdo ele tem mais impacto, já que freqüentemente cobre o melhor receiver do adversário.

"Ele deve receber muito crédito pela nossa melhora na secundária", diz Holmgren sobre Mora. "Eu acho que ele encontrou uma forma muito boa de se comunicar com os jogadores. Ele é duro com eles, mas ele não grita muito nos treinos. Ele se aproxima deles, e mais rápido do que se possa perceber, eles o escutam."

"Bill sempre dizia que se você critica um jogador, tenha certeza de dar um tapinha no ombro dele antes que ele deixe o campo, e Jim faz isso muito bem."

Trufant, que está empatado em segundo na NFL com sete interceptações, Kerney, o outside linebacker Julian Peterson e o middle linebacker Lofa Tatupu, todos foram escolhidos para o Pro Bowl, igual ao total somado de escolhas defensivas de Seattle para o Pro Bowl nos últimos seis anos. Seattle permitiu apenas oito pontos a mais que New England e Tampa Bay, que permitiram o menor número de pontos da liga.

Para resumir

Seattle irá abrir os playoffs em casa contra Washington, Minnesota ou New Orleans e se vencer, Holmgren levará os Seahawks para Green Bay, onde começou sua carreira como técnico. É uma longa caminhada da rodada do wildcard para Super Bowl, algo que apenas um time conseguiu na história da NFC (Carolina em 2003), e é particularmente longa para os Seahawks, que tem um histórico ruim quando jogam fora de casa.

Mas a melhora na segunda parte da temporada energizou Holmgren, que irá completar 60 anos antes da temporada de 2008. Embora ainda seja questionável que ele vá querer continuar treinando após essa idade, ele parece bem melhor do que estava nas más atuações do começo da temporada.

"Eu acho que o que aconteceu é que somos inconstantes, para dizer o mínimo", afirma Holmgren. "Eu achava que éramos um bom time. Estava trabalhando duro para ir bem... e não estava tendo resultados. Acho que me desgastei um pouco no começo da temporada. Eu estava frustrado. Mas se você continua a trabalhar as coisas eventualmente dão certo, e foi o que aconteceu conosco."

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Jogadores do practice squad dos Seahawks dividem casa, carro e meta em comum

Traduzido a partir de texto de Danny O`Neil, do Seattle Times

Link: http://seattletimes.nwsource.com/html/seahawks/2004092153_hawk26.html

Os degraus para um sonho parecem difíceis de visualizar.


Apenas uma casa no final da esquina no topo de uma ladeira suburbana. Há cinco quartos, algumas caixas de pizza no balcão da cozinha e uma minivan na garagem. Uma minivan turquesa, mas falaremos mais sobre ela depois.


O al
uguel é renovado mês a mês, uma necessidade já que o emprego não é garantido após essa semana para Logan Payne, Nu'u Tafisi e Steve Vallos. Eles são três dos oito membros do practice squad dos Seahawks. Cada um tem um armário na sede do time e uma função especial no roster, mas quando chega o domingo eles não estão nem no banco de reservas. Eles ganham ingressos para a arquibancada.

O practice squad é o afiador de um time da NFL. Seu trabalho: preparar os titulares para o que eles enfrentarão do próxim
o oponente. Sua meta: se desenvolver como um daqueles caras que jogam aos domingos.

“Putz, cara, era tudo o que eu queria”, diz Tafisi. “Talvez algum dia no futuro.”


Ninguém cresce sonhando fazer parte do practice squad. Esse é um ponto de partida. Os jogadores recebem um mínimo de US$4.700 por semana. É uma oportunidade sem preço de aprender com os caras que ganham milhões e ter a chance de impressionar os executivos da NFL que assinam esses cheques.


“Tem sido a melhor experiência de football da minha carreira”, diz Payne, um WR não draftado vindo de Minnesota.


Payne enfrenta uma dupla de cornerbacks escolhidos no primeiro round do draft todos os dias no treino, Marcus Trufant e Kelly Jennings. Em setembro, Payne teve um papel de superstar, usar a camiseta número 85 antes de Seattle jogar contra Cincinnati. Isto fez dele Ocho Cinco, também conhecido como o WR Chad Johnson. As instruções dos treinadores para Payne incluíram fazer as provocações após as jogadas pelas quais Johnson é conhecido.

“Apenas fale alto no campo”, diz Payne. “Faça a recepção e os deixe saber que eu fiz a recepção.”


Tafisi é um defensive lineman da Califórnia que usava o número 55 a semana passada. Este seria Terrell Suggs, o outside linebacker do Baltimore responsável pelo pass rush.


Cada time na NFL tem 53 lugares no seu roster regular e oito lugares para os jogadores do practice squad. Os jogadores do practice squad ajudam na preparação do time e em troca ganham a chance de se desenvolver em um jogador da NFL.

“Não são apenas corpos”, diz o presidente dos Seahawks, Tim Ruskell. “Quando você realmente tem um bom practice squad de jogadores que são comprometidos e querem melhorar, eles ajudam o nosso pessoal a melhorar. Nós vimos isso esse ano. Este é definitivamente o melhor grupo de practice squad
que eu já vi."

Kyle Williams planejava ir para Las Vegas.

Os Seahawks deixaram Williams ir durante o training camp, e ele desceu para o Arizona. Com nenhum clube o pretendendo na NFL, ele andou por aí procurando oportunidades de emprego como empresário de músicos. Hootie & the Blowfish estavam entre seus clientes. Eles tinham um show em Vegas e Willians planejava ir na terça-feira.


“Os Seahawks me liga
ram no domingo”, ele conta.

Ele foi adicionado ao practice squad em 2 de outubro, e mudou para a casa com Payne, Vallos e Tafisi até que sua mulher e filha mudassem um pouco mais tarde na temporada.


As coisas mudam rapidamente no practice squad. O cornerback Kevin Hobbs encontrou seu caminha no roster ativo. O mesmo aconteceu com o fullback David Kirtman. Vallos, Payne e Tafisi passaram a temporada no practica squad.

Experiência no practice squad não conta para receber pensão da NFL após a aposentadoria. Mas pode ser a rota para uma c
arreira profissional.

O QB Matt Hasselbeck passou sua primeira temporada na NFL no practice squad dos Packers. O mesmo aconteceu com o defensive end do Green Bay Kabeer Gbaja-Biamila, o santo p
atrono de todos os membros de practice squad depois de ter conseguido 13,5 sacks em 2001, sua primeira temporada no roster de 53 jogadores.

Na faculdade, o scout team é o lugar para provar sua capacidade. Um lugar para os jovens mostrarem seu talento com um big hit, ou uma recepção sólida. Na NFL, a última coisa que um técnico quer é algum rookie cabeça-dura tentando provar que é bom ao acertar um veterano. Os Seahawks não treinam com pads essa época do ano, e os jogadores são orientados a fic
ar em pé.

“Nós precisamos encontrar aquela linha tênue entre impressionar os treinadores e não causar que alguém torça um tornozelo, ou algo assim”, diz Williams.


O practice squad é o primeiro passo no football profissional para alguém como Williams, que trocou de posição de tackle na USC para guard com os Seahawks.

Tafisi sofreu uma lesão no joelho em um jogo de estrelas da faculdade, o que acabou com qualquer chance de ser draftado. E é uma forma do WR Jordan Kent ganhar experiência. Ele foi escolhido por Seattle no sexto round do draft este ano depois de jogar dois anos de football na faculdade em Oregon.


Payne teve um dos training camps mais impressionantes de todos os jogadores dos Seahawks, mas a profundidade em term
os de WR acabaram com qualquer chance dele chegar ao roster regular. O practice squad lhe confere tempo e experiência, um verdadeiro laboratório de talentos da franquia.



Carregar alguns linemen de 300 libras foi pedir um pouco demais para aquele Hyundai.

Payne descobriu isso durante o training camp, quando ele estava dirigindo o carro alugado junto com Vallos e Willians, dois tackles que trocaram de posição para guard.


“Nós tínhamos que sair do carro todos ao mesmo tempo para que ele não virasse”, disse Payne.


A solução veio de Joe Newton, o tight end do practice squad. Bem, na verdade da minivan de Newton. Ele a ganhou de seus pais durante a faculdade em Oregon State, quando seu Audi explodiu, e a usou para ir ao training camp.

Newton ganhou um novo carro ao se juntar aos Seahawks. Seus colegas de practice squad ganharam seu velho carro, que chega no máximo a 60 milhas por hora. Esse mês eles penduraram uma guirlanda na grade do capô para celebrar o natal.


Eles estavam em um hotel naquela época, morando algumas milhas longe do training camp e procurando em jornais e listas onlines por um lugar mais permanente para morar.


“Nós estamos todos fazendo o mesmo” diz Payne. “Estamos procurando por um lugar pra viver”.


O pai de Payne trabalha em uma imobiliária, e os ajudou a encontrar uma casa de cinco quartos que acabara de ser reformada. Acabou se tornando a alternativa com o melhor custo-benefício.


Payne comprou uma árvore de natal em Albertson que está no meio da sala. A mobília foi obtida por meio de uma troca. Payne trocou alguns dos seus ingressos para os jogos dos Seahawks por três camas, três cômodas, algumas mesas e uma mesa para a sala. Uma poltrona foi comprada pelo punter Ryan Plackemeier. Então há o centro nervoso da casa: uma TV de tela plana de 60 polegadas comprada de Deion Branch depois que ele percebeu que ela era grande demais para sua casa.

Um X-Box 360 está ligado à televisão, mas essas caras não jogam jogos. Ele jogam um jogo, Halo 3. Payne é impiedoso, Williams chuta o sofá com raiva e Tafisi é reconhecidamente o pior.


Algumas semanas atrás, um amigo de Williams em Carolina os colocou em um jogo contra David Carr, quarterback do Panthers e que foi draftado no primeiro pick do draft. Eles jogam online também. Lofa Tatupu também começou a jogar, assim como Leroy Hill.


Mesmo aqui, no ciberespaço das competições do vídeo game, eles ficam ombro a ombro com os veteranos que ganharam seus lugares no time.


Eles são jogadores que acabaram de sair da faculdade e que estão na porta de entrada de um sonho. Homens com nenhum dever de casa, um pouco de dinheiro, e a esperança de trabalhar e encontrar seu lugar no campo.

O practice squad dos Seahawks é atualmente formado por:
CB Omowale Dada, LB Cameron Jensen, WR Jordan Kent, TE Joe Newton, WR Logan Payne, DE Nu'u Tafisi, G Steve Vallos e G Kyle Williams.

Jogador da Semana: Jim Zorn

O jogador dessa semana é o QB James Arthur “Jim” Zorn, nascido em 10 de maio de 1953 em Whittier, Califórnia. Zorn, um quaterback canhoto, é reconhecido como o jovem e carismático líder dos Seattle Seahawks em sua primeiras sete temporadas e meia.

Jim Zorn é normalmente associado com seu alvo favorito, o WR Steve Largent. Zorn foi o segundo jogador a receber o anel de honra do time, em 1991, e foi escolhido rookie ofensivo do ano da AFC (N.R.: os Seahawks começaram na AFC e só mudaram para a NFC em 2002) na temporada inaugural do time em 1976, e também foi o MVP do time.

Depois de deixar os Seahawks, Zorn jogou em Green Bay em 1985, na liga canadense pelo Winnipeg Blue Bombers em 1986, e em seu ano final pelo Tampa Bay Buccaneers, em 1987. Na NFL, Zorn lançou para 21.115 jardas e 111 touchdowns, completando 53% dos seus passes. Também correu para 17 TDs.

Jim Zorn é atualmente técnico assistente e treinador de quarterbacks dos Seahawks.

Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Jim_Zorn

Veja vídeos sobre Jim Zorn:

http://www.youtube.com/watch?v=aQVm1NJRLzk

http://www.nfl.com/videos?videoId=09000d5d801f9767

Sobre qual jogador você gostaria de ler aqui no blog?

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Seattle 27, Baltimore 6

Foi um bom jogo dos Seahawks, tão bom quanto os que vínhamos tendo antes da derrota para os Panthers. Apesar dos Ravens serem um time abatido, foi interessante ver progressos em setores do time dados como mortos, como o jogo corrido. Correr mais de 140 jardas contra a defesa do Baltimore Ravens não é para qualquer um, e nosso corredores conseguiram essa façanha no domingo. A linha ofensiva também demonstrou pequena melhora, mas as conversões de third down para poucas jardas continuam não ocorrendo. Destaque para o fato de o time não ter sofrido nenhuma penalidade no jogo inteiro domingo, algo característico dos times montados por Mike Holmgren, todos muito disciplinados. Estou bastante confiante para o primeiro jogo dos playoffs, seja qual for o adversário, principalmente por jogarmos no Qwest Field, onde só perdemos um jogo esse ano. Abaixo, análise de cada setor:

Ataque

QB - Nota 7: jogo mediano de Hasselbeck, completou 18 de 27 passes, para 199 jardas e dois TD, mas lançou duas interceptações bestas. Seneca Walace, o QB reserva, jogou alguns snaps no final o jogo.

RB - Nota 9: o melhor jogo da temporada para os corredores dos Seahawks, não em números, mas em qualidade mesmo. Shaun Alexander mostrou aos críticos que o davam como acabado que ainda tem lenha para queimar, recebendo para um TD mesmo com um punho engessado, e conseguindo 73 jardas em 13 carries. Mo Morris correu para 40 jardas em 15 carries.

WR/TE - Nota 7: recepções bastante distribuídas entre os vários recebedores. Destaque para Nate Burleson e seu TD. Eu adoro as comemorações deste cara, principalmente quando ele faz a "águia"!

Linha Ofensiva - Nota 7: protegeu razoavelmente Hasselbeck, permitindo apenas 2 sacks. Conseguiu abrir espaços para o jogo corrido.

Defesa

Linha Defensiva - Nota 8: mais uma ótima apresentação, com destaque novamente para Patrick Kerney, que conseguiu um sack e dois fumbles forçados.

Linebackers - Nota 8: grande jogo, destaque para Leroy Hill e seu fumble recuperado e retornado para TD.

Secundária - Nota 6: bom jogo no geral, mas permitiram um passe para TD no final do jogo de 79 jardas, a maior jogada permitida pela defesa dos Seahawks no ano todo. É o segundo jogo seguido em que a secundária permite uma big play, algo que simplesmente não pode acontecer se enfrentarmos franco-atiradores como Brett Favre e Tony Romo nos playoffs.

Special Team - Nota 7: Josh Brown acertou seus chutes e o problema com os snaps está sem dúvida resolvido. Plackmeier continua provando que me precipitei ao afirmar que era "muito ruim", chutou vários punts na linha de 10 jardas.

Highlights do jogo:

http://www.nfl.com/videos?videoId=09000d5d80564333

O que você achou da performance do time contra os Ravens?

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Playoffs - ATUALIZADO

Com os resultados de domingo, os playoffs da NFC estão praticamente definidos, faltando apenas saber quem será o adversário dos Seahawks na semana do wildcard. Veja abaixo:

Seed nº 1: Dallas Cowboys (13-2) - descansa na primeira semana e joga todos os jogos em casa.

Seed nº 2: Green Bay Packers (12-3) - descansa na primeira semana e joga a primeira partida em casa.

Seed nº 3: Seattle Seahawks (10-5) - joga o wildcard em casa contra o time de pior r
etrospecto. Se vencer, pega os Packers em Green Bay

Seed nº 4: Tampa Bay Buccaneers (9-6) - joga o wildcard em casa contra os Giants. Se vencer, enfrenta os Cowboys em Dallas

Wildcard nº 1: New York Giants (10-5) - enfrenta os Bucanneers em Tampa Bay.

Wildcard nº 2: ainda na briga para enfrentar os Seahawks no wildcard:

Washington Redskins (8-7): após a excelente vitória ontem contra os Vikings, basta aos Redskins vencer os Cowboys na semana que vem. Também se classifica se perder e os demais também perderem. Os Redskins são um time muito motivado após a morte de Sean Taylor. Tem uma boa defesa, um bom RB em Clinton Portis, mas o jogo de passes é muito irregular, sendo que o QB atual não jogava uma partida há dez anos. Não vejo Washington conseguindo bater Seattle dentro do Qwest Field.

Minessota Vikings (8-7): os Vikings se classificam com uma vitória sobre Denver e uma derrota dos Redskins. Confesso que após assistir ao jogo ontem já não temo mais tanto essa equipe. A defesa contra o passe é ridícula, é possível correr contra essa defesa e os RBs Adrian Peterson e Chester Taylor podem ser parados se a defesa adversária colocar mais jogadores defendendo contra a corrida. Assim, toda a pressão fica em cima do horrendo QB Tarvaris Jackson. Os Seahawks tem total chances de bater esse time, mas ainda evitaria enfrentá-los se pudesse escolher.

New Orleans Saints (7-8): os Saints precisam vencer os Bears em Chicago e torcer por derrotas de Redskins e Vikings, se classificando por ter melhor recorde dentro da divisão. New Orleans foi o único time a bater os Seahawks dentro do Qwest Field esse ano. Mesmo assim, não me parece um adversário dos mais difíceis, já que sua defesa contra o passe é uma verdadeira peneira. Perdeu o RB Reggie Bush, mas ainda tem um jogo de passes bem perigoso.

Dado as últimas contusões, os Saints me parecem o time mais fraco, já que seu principal WR, Marques Colston, sofreu uma contusão no peito tão forte que o fez cuspir sangue. Um dos seus CB titulares também se machucou seriamente, o que enfraquece ainda mais essa secundária, e o RB reserva, Aaron Stecker, também se machucou. É pouco provável que os Saints consigam a vaga, entretanto.

Se você pudesse escolher, quem seria o adversário mais fácil para ser batido pelos Seahawks no wildcard?

domingo, 23 de dezembro de 2007

Ciclotímicos

É incrível como esse time consegue alternar jogos ruins e jogos bons em tão pouco tempo... E não é só ganhar um jogo e perder o outro não, setores inteiros que não funcionaram quando deveriam conseguem uma marca expressiva na partida seguinte! Exemplo: o jogo corrido que não conseguiu mais do que 17 jardas contra a defesa meia-boca dos Panthers, conseguiu passar de 100 jardas contra a ótima defesa contra corrida dos Ravens! Mas o importante é que vencemos, e bem, 27 a 6. Análise completa do jogo mais para o final da semana, já que o torrent deve demorar pra sair em razão do natal.

Shaun Alexander: O bom e velho Shaun teve uma ótima partida contra os Ravens, correndo para 73 jardas em 13 carries (média de 5,6 jardas por carry, muito boa!) e recebeu para um TD de 14 jardas. Sendo assim, Alexander não quebrou o recorde que mencionei no post anterior, já que se trata do recorde de TDs corridos.

sábado, 22 de dezembro de 2007

News from Seattle

O grande FB Mack Strong passou por uma pequena cirurgia em sua lesão no pescoço, que o obrigou a encerrar a carreira. Strong estava com dores na hérnia de disco em seu pescoço, sendo necessário remover a hérnia e fundir a terceira e quarta vértebras de Mack. O ex-jogador passa bem e deve receber alta na terça que vem.

Shaun Alexander tem 99 TDs na carreira e pode chegar a 100 no jogo de domingo. Com a marca, Alexander subiria para a sétima posição no ranking de RBs que mais marcaram TDs em suas carreiras, empatado com Marshall Faulk. Mike Holmgren declarou que gostaria que tal marca fosse batida em casa, mas que a prioridade é ganhar o jogo.

O sentimento em Seattle é de indignação com a não indicação do WR Bobby Engran para o Pro-Bowl. Engran perdeu boa parte da temporada passada com um problema na tireóide, e faz sua melhor temporada esse ano. Também acho que Engran tem sido muito mais consistentes que outros WR indicados ao Pro-Bowl, como Fitzgerald, Driver e Holt.

Semana 16 - Baltimore at Seattle

Local: Qwest Field, Seattle, Washington
Horário: 19h15 de domingo - horário de Brasília
Tramissão: nenhuma até o momento, talvez Sopcast
Lesionados:
Seahawks
DT Rocky Bernard, WR D.J. Hackett e CB Josh Wilson são questionáveis.
S Mike Green e LT Walter Jones são prováveis.

Ravens
QB Kyle Boller, CB Samari Rolle e WR Demetrius Williams estão fora.
TE Todd Heap e TE Daniel Wilcox são dúvida.
LB Ray Lewis, LB Gary Stills e LB Terrell Suggs são questionáveis.
CB Mike Flynn, FB LeRon McClain, S Gerome Sapp e T Adam Terry são prováveis.

O jogo contra os Ravens é importante pra recuperar a confiança e o moral da time. A péssima atuação da semana passada pode ser superada por uma apresentação consistente, o que acredito que deva acontecer, em especial por jogarmos em casa. Os Ravens são mais um time acostumado a boas campanhas na ultima década, mas que está muito mal esse ano. Tem uma excelente defesa, a melhor do ano passado, mas que anda bem vulnerável ao passe (a defesa contra o jogo corrido continua ótima, ou seja, não espere muito de Alexander/Morris amanhã), e provavelmente jogarão sem o LB Ray Lewis, líder dessa defesa. Vão estrear o rookie QB Troy Smith, e não tem grandes receivers. O jogo corrido é bom, com o RB Willis MacGahee, mas pode ser parado. Destaque importante é o fato de Baltimore ser um dos times que mais cometem turnovers da liga. Os Ravens estão perdidos desde a derrota para os Patriots, foram espancados pelos Colts e conseguiram perder para os Dolphins. Apesar de enfrentar um time "mordido" ser perigoso, acredito em vitória fácil.

Palpite: Seattle 27, Baltimore 10

Playoffs: outros jogos importantes para o torcedor dos Seahawks são Tampa Bay at São Francisco (torçam contra Tampa), Philadelfia at New Orleans (torçam pelos Saints), e Washington at Minessota (torçam MUITO contra os Vikings e a favor dos Redskins, assistam a esse jogo que terá trasmissão pela ESPN às 23h00 do domingo, é crucial para determinar o adversário dos Seahawks no wildcard).

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Carolina 13, Seattle 10

Em geral, foi um jogo medíocre por parte de ambos os times, e muito, muito chato de assistir. Os Seahawks perderam porque o ataque dos Panthers foi um pouco menos incompetente que o nosso (os primeiros pontos do jogo só saíram no quarto quarto!), e a defesa deles foi um pouco melhor que a nossa. Elemento que dificultou o jogo foi o vento, que chegou a 18 mph.

Matt Moore, o quarto QB usado pelos Panthers no ano, supreendeu, mas também não foi nada demais. A linha defensiva de Carolina neutralizou nossa o-line, e nossa defesa não foi nem sombra do que vinha jogando. Como disse antes, essa derrota, apesar de decepcionante, não apaga as qualidades demonstradas antes por Seattle, mas coloca ênfase nos graves erros nítidos desde o início da temporada: a natureza bipolar desse time (incapaz de manter uma constância em sua atuação), o jogo corrido ineficiente, uma linha ofensiva frágil, e, principalmente, a total incompetência na conversão de terceiras descidas para poucas jardas.

Dos problemas citados, o que mais me preocupa é a dificuldade em converter terceiras descidas, algo básico para vencer na NFL. Contra os Panthers essa dificuldade ficou evidente (convertemos apenas 3 de 12 tentativas), mas isso pôde ser percebido em vários outros jogos na temporada. Quanto ao jogo corrido, é possível vencer na NFL confiando apenas no passe (os Patriots demonstram isso toda semana). Entretanto, passar a bola ficará cada vez mais difícil em razão das condições climáticas dos EUA em dezembro/janeiro: neve, vento e chuva. Defensivamente, Seattle perdeu mais um jogo em que não conseguiu nenhum sack, o quarto no ano. Abaixo, avaliação de cada setor:

Ataque

QB - Nota 5: Hasselbeck completou 27 de 41 passes, para 274 jardas e 1 TD, tendo seu trabalho dificultado pelo vento forte e pela incapacidade da linha ofensiva em conter o pass rush adversário. Não foi uma boa atuação, Matt é o líder e principal jogador desse time, e se quisermos vencer jogos difíceis ele precisa superar as condições climáticas e sua o-line ruim, algo que não mudará durante os playoffs.

RB - Nota 3: pouco utilizado (apenas 11 carries divididos entre Morris e Alexander), o jogo corrido conseguiu apenas 17 jardas líquidas (ou seja, em várias situações perdeu jardas), marca ridícula! O jogo corrido no FA é 50% talento do RB e 50% bloqueio da o-line e no momento não temos nenhum dos dois! O FB Leonard Weaver, que vinha jogando bem, dropou vários passes fáceis, matando alguns dos poucos drives bons dos Seahawks.

WR - Nota 6: fizeram o que puderam, mas mostraram a mesma apatia do resto do time. Único destaque para Deion Branch, que recebeu para 79 jardas e 1 TD, conseguido apenas, literalmente, no último segundo do jogo.

Linha ofensiva - Nota 2: talvez o único setor constante do time, constantemente ruim! Incapazes de abrir espaço para o jogo corrido, não seguraram a defesa adversária, permitindo 3 sacks e muita pressão em Hasselbeck.

Defesa

Linha defensiva - Nota 5: nem sombra do que foram em jogos anteriores, não conseguiram um sack sequer, não forçaram nenhum turnover e permitiram mais de 100 jardas para os corredores dos Panthers.

Linebackers - Nota 5: não jogaram mal, mas também não foram decisivos e não pararam o jogo corrido.

Secundária - Nota 6: pararam Steve Smith, permitiram poucas jardas do QB adversário, mas deixaram um big play (passe para 54 jardas no primeiro quarto), algo preocupante, já que era um dos grandes problemas do time o ano passado, e que parecia resolvido.

Special Team - Nota 8: Josh Brown marcou na chance que teve. O novo long-snapper parece ter resolvido o problema. Retiro o que disse sobre Ryan Plackmeier, durante o "puntball" dos três primeiros quartos ele chutou muito bem, colocando várias na linha de 10 jardas. Nada demais nos retornos.

Highlights do jogo:

http://www.nfl.com/videos?videoId=09000d5d8052c6af

http://www.nfl.com/videos?videoId=09000d5d80523e43

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Seis Seahawks no Pro-Bowl!

A NFL divulgou hoje a lista dos jogadores selecionados para o Pro-Bowl (jogo das estrelas, que acontece todos os anos no Hawaii), e dentre os escolhidos na NFC temos seis jogadores dos Seahawks. Veja nomes e fotos abaixo:

QB Matt Hasselbeck: escolha merecida! Hasselbeck, nos Seahawks desde 2001, está tendo sua melhor temporada na NFL, tendo passado, até a semana 15, para 25 TDs, com rating de 92.0. Matt também havia sido selecionado para o Pro-Bowl de 2003 e 2005.


LT Walter Jones: talvez o único que se salva na nossa linha ofensiva atualmente, joga nos Seahawks há 11 anos, e esta é a sua oitava escolha para o Pro-Bowl, a sétima seguida.



DE Patrick Kerney: é a segunda nomeação de Kerney para o Pro-Bowl, também havia sido escolhido em 2004. Kerney foi contratado esse ano e tem feito grande impacto em nossa defesa, tendo sido nomeado o jogador defensivo da NFC no mês de dezembro, e liderando a NFL com 13,5 sacks.

OLB Julian Peterson: em sua segunda temporada pelos Seahawks, Peterson foi novamente escolhido para o Pro-Bowl. É a quarta escolha de sua carreira de oito anos como profissional.



MLB Lofa Tatupu: o não-draftado Tatupu está apenas em sua terceira temporada como profissional, mas já se transformou em um dos melhores MLB da liga, sendo que esta é sua segunda indicação para o Pro-Bowl.


CB Marcus Trufant: em seu quinto ano como profissional, o natural do estado de Washington (onde fica Seattle) Marcus Trufant faz sua primeira aparição no Pro-Bowl. Está empatado como jogador que mais interceptou bolas na temporada, com 7 interceptações. Trufant está em seu último ano de contrato com os Seahawks, e se não renovar na off-season será uma enorme perda para essa defesa.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Jogador da Semana: Steve Largent

Essa semana vou falar sobre o maior jogador da história dos Seahawks: o WR Steve Largent. Largent nasceu em 28 de setembro de 1954, em Tulsa, Oklahoma. Apesar de sua ótima carreira no FA universitário, Largent somente foi draftado no quarto round do Draft de 1976, pelo então existente Houston Oilers. Depois de 4 jogos de pré-temporada, Largent quase foi cortado pelos Oilers, mas acabou sendo trocado para o recém constituído Seattle Seahawks em 1977, por uma escolha de 8º round no draft. Sem dúvida esta foi a primeira vitória do time.

Largent jogou pelos Seahawks durante 13 anos. Não era considerado muito rápido, mas tinha uma habilidade incrível para recepcionar bolas. Largent foi escolhido para o Pro-Bowl sete vezes, tendo sido o primeiro jogador dos Seahawks a receber essa honra. Largent é também o único jogador da história dos Seahawks a fazer parte do Pro Football Hall of Fame (hall da fama da NFL), para o qual foi conduzido em 1995. Quando Largent se aposentou, ele detinha vários recordes relevantes para um WR, desde maior número de recepções na carreira (819), maior número de jardas recebidas na carreira (13.089) e maior número de TDs recebidos (101). Em 1999 a revista "The Sporting News" o colocou em 46º lugar na lista dos 100 maiores jogadores de FA da história, o único Seahawk da lista. O número com que jogou toda sua carreira, nº 80, foi aposentado pelos Seahawks em 1992.

Depois de se aposentar, Largent entrou para a carreira política, tendo sido congressista pelo estado de Oklahoma de 1994 a 2002.

Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/Steve_Largent

Veja vídeos sobre Steve Largent (muito bons!):

http://www.nfl.com/videos?videoId=09000d5d80130892

http://www.nfl.com/videos?videoId=09000d5d801b376c

domingo, 16 de dezembro de 2007

Derrota inesperada


Vou deixar pra comentar sobre a performance do time depois de assitir ao jogo, o que devo fazer até o meio da semana. Essa derrota inesperada para os Panthers, entretanto, pode ter um efeito positivo para os Seahawks. Não me entendam mal, qualquer derrota é ruim, mas perder de 13-10 depois de uma semana em que simplesmente arrasamos o adversário, é bom para colocar em perspectiva aquela atuação em particular. Além de acabar com a esperança de superar Green Bay, esta derrota encobre o otimismo exagerado (também meu, confesso) de quem já falava em Super Bowl. O fato de termos perdido não nos torna um time pior do que éramos há uma semana, mas permite que nos concentremos nos erros dessa equipe, que é muito boa, mas que deve se preparar realisticamente para atingir seus objetivos semana a semana. No momento, brigar com Tampa Bay pelo 3º seed. Estamos empatados em 9-5, mas estamos em vantagem por termos ganhado o confronto direto.

Rituais de recuperação

Traduzido a partir de texto de Danny O'Neil, do Seattle Times

Link: http://seattletimes.nwsource.com/html/seahawks/2004075978_hawk160.html

Patrick Kerney é pago para criar pressão. É parte do seu trabalho como defensive end, jogador que passa boa parte do seu tempo perseguindo o quarterback.

Esta, entretanto, é uma aplicação bem mais literal de pressão: Kerney se fechando dentro da câmara hiperbárica no porão de sua casa em Belleveu. Ele coloca uma máscara no rosto, apanha seu iPod ou um bom livro e passa algumas horas respirando ar que é 80% oxigênio por acreditar que isso ajudará no processo de recuperação.

"Você está sempre curando algo", diz Kerney. "Essa é a forma que você deve lidar com isso se quer permanecer no campo."

O corpo de um jogador da NFL é o seu negócio, e por isso requer investimento e constante cuidado. Os jogadores gastam metade da sua semana se preparando para o próximo jogo, e a outra metade se recuperando do último.

A maioria dos jogadores recebe uma massagem semanal. Vários gastam 15 minutos por dia alterando entre banheiras frias e quentes, a circulação sendo estimulada pela diferença de 15 graus para mandar embora os machucados, quase como se fossem carros tendo seu óleo trocado.

Os jogadores tomam shakes de proteína ou adicionam suplementos em pó ao seu gatorade depois do treino. O linebacker Kevin Bentley encomenda comida orgânica de uma companhia em San Diego. As refeições são empacotadas individualmente, as calorias contadas.

Kerney tem alguém que cozinhe pra ele, e come quatro refeições por dia cheias de carboidratos e altas em proteína. Ele vai pra cama bem antes da meia-noite todos os dias, e quando diz respeito a focar em seu corpo, ele descobriu que isso também abre sua mente.

"Eu tenho tido grandes resultados com o que é chamado de medicina alternativa" diz Kerney.

Ele dorme em um lençol alinhado por metais prateados ligados a uma corrente elétrica. Supostamente serve para eliminar radicais livres, e ainda que se pareça com algum dispositivo militar, eles são na verdade compostos altamente reativos, que podem danificar células do corpo.

Antes de cada jogo, quando Kerney está se vestindo no vestiário, ele pega uma luva de grafite, enrola em uma toalha molhada e coloca ao redor de seu pescoço. Outras luvas de grafite vão em uma toalha molhada ao redor de seus tornozelos. As luvas são ligadas à sua máquina de microcorrentes elétricas, que inclui um programa direcionado a estimular sua glândulas adrenais.

E nos dias após o jogo, Kerney passa algum tempo na câmara hiperbárica que comprou o ano passado. O ambiente pressurizado infla a quatro onças de ar por polegada quadrada, suficiente para fazer os ouvidos entupirem, o que supostamente ajudaria no processo de cura ao aumentar a quantidade de oxigênio que o corpo absorve.

"Quanto mais você faz parte da liga, mais este se torna um trabalho 24 horas por dia", afirma Kerney.

Uma câmara hiperbárica requer tanto uma prescrição médica quanto uma mente aberta.

Kerney tem ambas.

Ele sofreu uma ruptura do quadríceps na primeira jogada do ano passado em Atlanta. Seu companheiro de time John Abraham sofreu uma lesão no músculo da virilha mais tarde no mesmo jogo, e de repente os Falcons estavam contemplando a possibilidade de ficar sem seus dois defensive ends titulares na próxima semana.

"Eu sabia que uma lesão no
quadríceps era mais fácil de recuperar", afirma Kerney.

O companheiro de Falcons Travis Hall recomendou sua câmara hiperbárica, que pode custar quase US$20 mil. Hall morava no meio do caminho entre a casa de Kerney e o centro de treinamento dos Falcons. Kerney passou as próximas semanas dormindo na câmara no porão de Hall.

"Dez da noite ele, sua mulher e sua crianças ouviriam uma batida na porta", diz Kerney. "E lá eu ia, me encaminhando para o porão."

O conceito é bem simples: oxigênio é essencial para o processo de cura do corpo, e uma câmara hiperbárica é inflada com mais oxigênio, permitindo ao corpo absorver uma quantidade maior. Terrel Owens credita a ela sua recuperação de um tornozelo quebrado a tempo do Super Bowl na temporada de 2004. Há rumores que Michael Jackson dormiria em uma.

O Dr. Justin Rothmier da Clínica de Medicina Esportiva de Seattle diz que não há muitas evidências científicas da efetividade de câmaras hiperbáricas no tratamento de lesões. É mais conceitual que qualquer outra coisa.

Kerney vai continuar se fiando na experiência de passar boa parte de setembro de 2006 na câmara hiperbárica de Hall, e por ter conseguido superar aquela lesão no quadríceps.

"Eu consegui jogar todo domingo enquanto me recuperava ao mesmo tempo", afirma Kerney. "E isso me convenceu!"

Ele encomendeu a sua, que se parece com um enorme e amarelo saco de dormir. Há um zíper em cima, que é reforçado por seis cintos de segurança, que se parecem com os de um assento de avião. Kerney põe uma máscara, fecha os cintos e o zíper lá dentro; então a câmara se infla até se parecer com um pequeno submarino. Há até um círculo transparente por onde é possível ver o que acontece dentro.

Às vezes Kerney lê lá dentro. Outras vezes ele ouve música. Ele pode mandar mesagens de texto ou assitir a um DVD. Há espaço mais do que suficiente, mesmo para alguém que tem mais de 1,90m e 123 kg como Kerney. O tight end Marcus Pollard veio experimentar quando estava se recuperando de uma lesão no joelho e assistiu ao filme "Tombstone - A justiça está chegando" enquanto estava na câmara.

A temporada de Kerney acabou o ano passado após uma lesão de músculo peitoral, e ele credita à câmara hiperbárica sua recuperação mais rápida, que terminou mais de dois meses antes do esperado. Toda segunda e terça-feira, Kerney vai passar pelo menos umas duas horas fechado dentro da câmara, respirando oxigênio pressurizado.

"Quando você sai de dentro, você se sente ótimo!", diz Kerney.

Segunda deveria ser a pior parte da semana de um jogador, um dia após o jogo, quando as lesões ainda estão frescas, os cortes ainda não sararam. Na verdade, este não é o pior dia.

"Ainda há um pouco da adrenalina do jogo", diz o safety Brian Russel. "Ainda há um pouco daquela energia."

A queda do entusiamo acontece na terça, deixando em troca o custo a ser pago por uma tarde correndo ao encontro de outros seres humanos usando capacete, normalmente ambos em alta velocidade. Há as inevitáveis dores e lesões, e todo o ácido lático criado pelo esforço excessivo, que cria dores terríveis nas pernas.

"Terça é o pior", diz Kerney.

Um fardo que todo jogador da NFL tenta suportar com todo tipo diferente de técnica.

Russel recebe uma massagem toda terça. Parece bom, não? Bem, ela é qualquer coisa, menos relaxante... Um massagista passa uma hora e meia enfiando dedos e cotovelos em todos os nós e músculos retesados, especialmente nos ombros e pescoço de Russel.

Bentley recebe algumas massagens por semana, e frequenta aulas de yoga dentro de uma sauna às terças-feira à tarde e novamente na quinta pela manhã. A temperatura ultrapassa os 40 graus, e o linebacker de 108 kg faz o que pode para aguentar.

"Ajuda a recuperar sua flexibilidade de volta", afirma Bentley. "E a limpar seus sistema, já que você soa muito e perde muita água".

Bentley consome apenas comida orgânica, especialmente encomendada e entregue toda sexta-feira, consumindo 2.000 calorias por dia.

"Com o tempo, seu corpo começa a falhar", afirma Bentley. "Quando você come porcaria, parece que só acelera o processo, pra mim pelo menos".

O armário de Bentley é próximo do linebacker de 110 kg Julian Peterson, cujo café da manhã a semana passada começava com bacon, ovos e salsicha, e terminava com uma caixa inteira de cereias açucarados.

Leroy Hill tem o armário seguinte ao de Bentley. Ele come fast food no jantar todos os dias. Subway, MacDonald's, pizza, qualquer coisa que pareça gostosa. Não que você pudesse perceber a partir do físico de Hill, totalmente esculpido.

"O corpo de todo mundo é diferente", diz Bentley. "Eu devo me recuperar diferente do Leroy".

Todo jogador encontra sua própria receita de recuperação, a forma de voltar ao destino de todo jogador da NFL: o campo.

Os jogadores da NFL costumavam confiar em gelo, e aspirina, talvez uma injeção de analgésico se as coisas estivessem realmente ruins.

"Nós passamos a gostar de calor", brinca o quarteback Matt Hasselbeck.

No passado, os jogadores não eram tão grande, e os programas de recuperação não eram tão sofisticados.

"Beba menos", brinca Dave Wyman, que foi linebacker da NFL por nove temporadas, incluindo entre 1987 e 1992 com os Seahawks. "Masque menos tabaco."

Wyman ia a um curandeiro quando fazia faculdade em Stanford, e a um quiroprata mais tarde em sua carreira.

"Depois de um tempo eu parei, porque eu percebi que no segundo que eu começava o aquecimento e dava meu primeiro tackle, eu percebia que tudo estava desalinhado novamente", diz Wyman. "E eu tinha que me realinhar depois de cada jogada."

E se você fosse um jogador hoje em dia?

"Eu provavelmente estaria tentando todas essas coisas", diz Wyman. "Porque há tantas coisas que não sabemos sobre o corpo humano".

Hasselbeck usa um colar de titânio da cor do uniforme dos Seahawks. Shaun Alexander diz ter tentado uma sauna infra-vermelha, seguindo uma dica de Bobby Engran. Esse tipo de suana não aquece o ar, aquece o próprio corpo, começando mais de uma polegada dentro do corpo para estimular a recuperação.

Os Seahawks tem um quiroprata que viaja com o time. Ele também é um acupunturista, e foi ele que recomendou o lençol com metais prateados a Kerney.

Estes são homens com corpos doloridos, desejosos de encontrar formas que permitam que voltem logo a campo.

"Eu não vou simplesmente e tento algo novo", diz Kerney. "Eu discuto tudo com nosso médicos e treinadores, e converso sobre os resultados que outros jogadores tiveram."

"Eu não vou gastar dinheiro com algo de que ninguém mais conseguiu benefícios".

Então ele vai dormir em um lençol plugado na tomada e entrar em uma câmara hiperbárica toda semana.

sábado, 15 de dezembro de 2007

Semana 15 - Seattle at Carolina

Local: Bank of America Stadium, Charlotte, North Carolina
Horário: 16h00 de domingo - horário de Brasília
Tramissão: nenhuma até o momento, talvez Sopcast
Lesionados:
Seahawks - WR D.J. Hackett e CB Josh Wilson estão fora.
S Brian Russel é questionável.
RB Shaun Alexander, DT Rocky Bernard, S Mike
Green, OT Floyd Womack e T Tom Ashworth são prováveis.

Panthers - WR Keary Colbert é dúvida.

G Jeremy Bridges, WR Dwayne Jarrett e QB Vinny Testaverde são prováveis.

O jogo de domingo não deve ser dos mais difíceis para Seattle. Carolina Panthers costumava ser um time a brigar pelos playoffs na NFC durante os últimos anos, mas nesta temporada estão bem mal, perderam 8 jogos depois de seu QB titular se machucar. Seu principal jogador, o excelente WR Steve Smith não tem feito boas partidas, principalmente por falta de entrosamento com os QBs reservas. Vinny Testaverde é um ancião tapa-buracos, mas não deixa de ser um QB eficiente. O jogo corrido dos Panthers não é nada demais, ou seja, espere mais uma boa atuação de nossa defesa. A defesa de Carolina é boa, especialmente contra o passe, mas nada que não possa ser vencido por uma boa atuação de Hasselbeck e nossos receivers.

Palpite: Seattle 38, Carolina 17