quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Há dez anos, Hasselbeck deixou de assinar com os Bears


Traduzido a partir de texto de Danny O’Neil, do Seattle Times

Link:
http://seattletimes.nwsource.com/html/dannyoneil/2004114898_oneil09.html

Matt Hasselbeck recebeu uma proposta de emprego no seu primeiro ano após a faculdade. O salário tinha seis dígitos, para um lugar assegurado ao menos por três semana no roster de 53 jogadores do Chicago Bears. Tudo que ele tinha que fazer era deixar o Green Bay Packers.

Nada mal para um cara que não havia sido nem sequer convidado para o treinamento de calouros, e passaria toda a sua primeira temporada na NFL no purgatório chamado practice squad. Foi assim que Hasselbeck passou o ano de 1998 no Green Bay Packers. A primeira correspondência de torcedor que ele recebeu era um pedido de autógrafo de Brett Favre. Hasselbeck uma vez contou que ele e os outros membros do practice squad não foram chamados para a foto do time naquele ano.

Os Bears contactaram Hasselbeck em dezembro, oferecendo assiná-lo para o roster ativo e deixá-lo jogar os últimos quatro jogos da temporada. Dois daqueles jogos seriam contra o time dos Packers com o qual ele treinava toda semana.

Hasselbeck poderia ter visto esta como a oportunidade de construir uma carreira. Uma chance de mostrar que ele estava preparado para um emprego de período integral na liga. Ao invés, ele disse não, obrigado. Ter passado essa oportunidade pode ter sido melhor que qualquer lançamento que ele já tenha feito.

Acha que ele teria crescido tanto quanto ele cresceu se tivesse deixado os Packers para uma franquia que ainda não encontrou estabilidade na posição de quaterback? Acha que Mike Holmgren teria feito uma troca por ele se Hasselbeck tivesse deixado os Packers naquela temporada?

Hasselbeck escolheu continuar trabalhando em Green Bay, continou esperando. Ele escolheu seu desenvolvimento a longo ao prazo, ao invés de um ganho em curto prazo, e agora, 10 anos depois, ele retorna a enfrentar a franquia que o draftou, com uma viagem ao campeonato da conferência em disputa. Numa carreira na NFL cheio de voltas e reviravoltas, foi o caminho que Hasselbeck escolheu não caminhar em seu ano de novato que se mostrou o mais importante.
“Eu estava num sistema com Ron Wolf, que havia escolhido todos aqueles quarterbacks”, disse Hasselbeck. “Mike Holmgren era o head coach, Andy Reid treinava os quarterbacks, e Brett Favre era o titular. Melhor que ir à Harvard Business School”.

Os jogadores da NFL sempre ressaltam a importância das oportunidades. Um jogador não chega à NFL sem acreditar que tem talento para fazer jogadas se receber uma chance, e mesmo assim aquele novato do pratice-squad preferiu passar seu tempo no banco dos Packers.

Hasselbeck conseguiu encontrar seu lugar no time na temporada seguinte, servindo como backup de Favre em 1999 e em 2000. A função não oferece muitas oportunidades de jogar, já que Favre não perdeu um jogo nas seis temporadas antes da chegada de Hasselbeck, e não deixou de começar nenhum jogo desde então, uma década depois.

Mas Favre se lembra de fazer uma previsão para seu companheiro: Holmgren ira fazer uma troca por Hasselbeck.

“Eu tinha essa sensação”, disse Favre na terça. “Ele teria sido louco de não fazer porque eu sabia que Matt tinha todas as ferramentas. Em sua maioria, as pessoas não sabiam quem ele era. Ele meio que se escondeu dos holofotes.”

Um pouco disso em razão da escolha de Hasselbeck de permanecer em Green Bay em sua temporada como novato.

Um ano depois de Hasselbeck não aceitar a oportunidade em Chicago, ele foi a um evento de caridade que Favre promoveu em seu restaurante em Green Bay. Começaram a ser leiloadas bolas autografadas por Favre, Bart Starr, Leroy Butler, e Reggie White. E então veio a bola assinada por Hasselbeck.

“E ainda calhou da minha ser a última”, disse Hasselbeck. “Ninguém deu nenhum lance”.

Não até o leiloeiro informar às pessoas presentes que os Bears tentaram contratar Hasselbeck do practice squad dos Packers no ano anterior e ele recusou.

“A casa veio abaixo”, disse Hasselbeck.

Alguém ofereceu US$1.000 pela bola. Mas foi a decisão de Hasselbeck de permanecer em Green Bay que acabou não tendo preço.

Um belo exemplo de vida, que só me faz admirar mais o comandante do nosso ataque. Amanhã, “Jogador da Semana” com Matt Hasselbeck!

O que você teria feito no lugar de Matt? Teria aceitado a proposta boa no curto prazo ou teria arriscado ficar numa posição pior para aprender mais?

2 comentários:

Bruno Macedo disse...

Sou o Bruno,escrevo o blog do Bears,botei esse artigo q vc escreveu do Hasselback no Bears la,claro que escrevi que voce que tinha escrito aquilo,se quiser ver www.bearsbrasil.blogspot.com

Unknown disse...

Ótimo artigo.